terça-feira, 16 de dezembro de 2008

O que é o natal?






É quase natal...
Ouço dizer que alguém perguntou a várias crianças em uma sala de aula: O que é o natal?
Todas teriam respondido: É uma noite de festa em que Papai Noel nos deixa muitos presentes.
Indagadas sobre o que queriam ganhar, cada qual se esmerou nos pedidos:
_Bicicleta!
-Celular!
-Robô!
-Computador...
E competiam entre si para ver quem pedia mais e melhor.
Todos queriam ganhar e cada qual queria ganhar mais.
Alguns chegaram a fazer uma pequena lista das escolhas de natal;
Do papai: bicicleta.
Da mamãe: videogame.
Da vovó: celular com câmara fotográfica.
Do vovô: computador.
Não pareciam estar dispostos a terminar ali, até que foram interrompidos pelo professor:
- Onde aprenderam sobre o Natal?
Silêncio.
- Quem lhes ensinou o que é o natal?
Novo e prolongado silêncio.
Até que Bruno, o menos tímido da turma responde:
- Ué Professor, isso ninguém ensina, a gente vê como as coisas acontecem.
Pensando bem, Bruno tem lá sua razão.
Somos nós, os adultos, que implantamos na mente das crianças a idéia de que o Natal nada mais é que uma data relacionada ao consumo, aos presentes cada vez mais caros e ostensivos, sem qualquer demonstração de afeto.
Somos nós que, voluntária ou involuntariamente, incutimos em nossos pequenos o apego à matéria, em detrimento do que é a nossa verdadeira essência: O espírito.
Ainda é tempo de lembrá-los de que natal significa nascimento e quando se fala de “O Natal” está-se a tratar de um nascimento especial, que revolucionou e modificou a face da terra.
Fala-se do nascimento de um Rei, cujo reinado não é deste mundo, por isso que, por escolha própria, quis ele nascer no mais humilde dos locais: Naquele onde dormiam os animais.
Nasceu ali. Sem médico, sem cirurgia, sem exames do primeiro momento. Ninguém sabe quanto pesou, qual foi a sua medida, se robusto ou se frágil, não se sabe a cor de sua pele ou de seus olhos.
Nada disso ficou daquele Rei, porque a parte material para ele não importava e não importa.
No dia 25 de Dezembro de todos os anos, celebramos este nascimento, para lembrar que a Providência Divina não nos abandona à própria sorte.
Naquele momento especial da história da Terra, recebemos em nosso meio material, o mais adiantado Espírito que pudemos conhecer.
Ao longo de trinta e três anos, ele esteve conosco na carne.
Durante apenas três anos, transmitiu seus ensinamentos.
Nada deixou escrito. Falava, falava apenas e tingia suas palavras muitas vezes com cores berrantes, para ser compreendido pelo homem rude de seu tempo e também pelas gerações vindouras.
Seu objetivo foi alcançado.
Em todo o mundo milhares de pessoas dizem seguir-lhe os passos para um dia participarem de seu reino.
Mas este reino não inclui presentes como carros, bicicletas, computadores ou qualquer outro objeto proveniente da matéria.
Neste reino, os presentes devem vir do coração e embora a pobreza das palavras para exprimir-lhes o significado, podem ser traduzidos por amor, benevolência, indulgência, paciência sempre: para com os outros e severidade, muita severidade para conosco.
Ah... Sim, presentes materiais não são excluídos. Simbolicamente eles lembram que os Reis magos, através de um espírito superior em forma de estrela (a estrela de Belém), foram avisados do nascimento do “Rei dos Reis” e conduzidos até Ele.
Na ocasião, movidos pelo sentimento de gratidão por receberem na carne tão notável hóspede, levaram-lhe presentes.
Como o Rei já não está entre nós como um ser encarnado, oferecemos presentes aos nossos queridos, como forma de demonstrar que, também nós, somos gratos aos Céus pela sublime passagem de nosso Mestre Maior em nosso meio físico.
Se queremos realmente apresentar algo de bom ao aniversariante, demonstrando nossa alegria com seu nascimento, podemos, pelo menos nesta época do ano, auxiliar aos necessitados, de toda sorte, dando um pouco do que possuímos em bens materiais, equilíbrio, conhecimento, amor, solidariedade.
No mais, uma prece singela, nascida do coração e o natal estará perfeito.
Feliz Natal a todos!

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