Amigos:
Em 2003 conheci um casal que tinha acabado de adotar 3 irmãos. Eram duas meninas (5 e 4 anos) e um menino, de 2 anos. Eles estavam na fila de espera do estado do Paraná e queriam adotar um menino de até um ano de idade. A assistente social ligou contando do menino de 2 anos e comentou que ele tinha duas irmãzinhas. Quando eles foram buscar o menino, viram que não aguentariam o remorso de ter separado os irmãos e acabaram adotando os três. Na época, a adoção tinha sido bem recente (cerca de 3 meses) e a mãe adotiva passava o dia todo com as crianças. Estavam todos felicíssimos.
Pedi para esse casal fazer um relato da experiência deles para enviar para vocês, já que o tema do mês é esse. O texto está no anexo dessa mensagem.
Quando o relato chegou, fiquei contente por saber que a família está ótima. Fiquei também surpresa pela opinião do casal sobre uma das ferramentas para controlar a natalidade e evitar que tantas crianças sejam abandonadas à própria sorte: são favoráveis ao aborto. Também acham que a experiência intra-uterina e da tenra infância são facilmente apagadas.
Vivemos num mundo que está se tornando cada vez mais materialista e pouco atento a hábitos religiosos; é um fenômeno mundial. Há famílias que simplesmente não proporcionam orientação religiosa aos filhos, ou o fazem de maneira muito relaxada.
Temos que pensar que nossa opinião sobre o aborto vem em boa parte da doutrina espírita. Somos esclarecidos sobre toda a preparação necessária ao espírito para reencarnar, da necessidade dessa experiência para seu aprimoramento ou para que se apaguem ódios antigos, da frustração que o aborto gera e o do quanto vale uma vida. Mas para quem já viu muitas crianças sofrendo e não entende nenhuma justiça nisso, não é difícil desenvovler o conceito de que é melhor sacrificar um ser em formação, pouco consciente, do que deixá-lo nascer e ficar exposto a privações de toda espécie. A pouca ligação a qualquer religião (acho que todas são contra o aborto) estimula esse tipo de pensamento.
Quem tem formação na área biológica, como é o caso do casal que fez o relato, aprende que os fetos não têm sistema nervoso desenvolvido, estão inconscientes e a ligação com os pais vai ser dar após o nascimento. Então pensam que o melhor a fazer por uma criança que sofrerá privações, é não deixá-la nascer.
Abraços...aguardo as impressões!
Tina
Nenhum comentário:
Postar um comentário