domingo, 25 de maio de 2008

HOMOSSEXUAIS PODEM ADOTAR?

Na seqüência de nossas discussões vamos debater, nos próximos trinta dias, a adoção por casais homossexuais.

Na enquente sobre o aborto, a grande maioria votou contra a prática abortiva mesmo em casos de estupro, ficando ressalvado apenas o risco de vida para a própria mãe.

Na seqüência, considerou-se também por maioria (apenas um voto contrário) que o implemento à adoção seria uma forma de reduzir os casos de aborto, já que os pais, sabendo que o filho indesejado seria acolhido em outro lar, seriam estimulados a manter a gravidez até o seu termo.

Agora passamos a tratar da adoção sob outro enfoque: aquela muitas vezes solicitada ao Judiciário por casais homossexuais.

Sabe-se que há projetos de Lei até mesmo permitindo casamentos por pessoas biologicamente de mesmo sexo, mas o tema ainda gera muitas polêmicas.

Enquanto isso não acontece, alguns desses casais vêm obtendo da justiça o reconhecimento da união estável e outros têm tido autorização para adoção.

Não deixa de ser um paradoxo, porque, como vimos nos emocionados depoimentos da enquete anterior, a adoção por casais heterossexuais ou pessoas que não coabitam com outra, tem sido demasiado dificultada pela enorme burocracia, até compreendida pelos que sofrem com a espera, ante o argumento de que tudo é feito para o bem do adotando.

Mas é natural que os interessados, após longos anos de espera, sintam-se indignados ou mesmo desapontados quando percebem que a Justiça considerou melhor para a criança que ela seja criada por um casal de homossexuais. Será mesmo? Será natural para um ser em formação dizer que tem dois pais ou duas mães enquanto todos os coleguinhas têm apenas um pai ou uma mãe?

O melhor para a criança, afinal, é bastante subjetivo. Como bem lembrou uma de nossas colaboradoras, aos pais biológicos não há qualquer restrição (pelo menos como regra) e eles muitas vezes são os piores algozes de seus filhos.

Há ainda o aspecto doutrinário. Certa vez, em um “pinga-fogo” perguntei se a adoção não prejudicaria o planejamento espiritual sobre a convivência das várias pessoas unidas pelo parentesco em um mesmo lar.

A resposta foi que a adoção também pode ser planejada, servindo talvez como prova ou expiação para todos os envolvidos.

Naquele tempo nem se cogitava da adoção por homossexuais. Hoje talvez fosse o caso de complementar a pergunta: será que essas adoções são também planejadas pelo mundo espiritual? Se forem, qual seria seu objetivo?

Sei que em qualquer circunstância há a possibilidade de progresso intelectual e moral, mas de qualquer forma seria interessante conhecer as causas dessas novas formações familiares.

Fica colocado o tema para reflexão e debates. Aguardamos opiniões.

Abraços a todos!

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